8 de abr. de 2013

Ishihara: “Japão deve se tornar potência militar”




Ex-governador de Tóquio afirma que Constituição pacifista deve ser revisada.

A II Guerra Mundial acabou com o poderio militar japonês. A Constituição pacifista que rege o Japão depois do fim do conflito bélico estabelece que o país renuncia a guerra como direito soberano da nação. Uma parte da sociedade japonesa não concorda com a Constituição. Shintaro Ishihara, o controverso ex-governador de Tóquio de 80 anos, está promovendo uma revisão do documento, pois considera que este faz do Japão um país isolado e fraco.

Em entrevista ao Asahi Shimbun, declarou que "o Japão deve se tornar uma grande potência militar". Na sua opinião, isso vai dinamizar e contribuir para o crescimento econômico do país. Ishihara, um dos cabeças do Partido para a Restauração do Japão (o outro é o prefeito de Osaka, Toru Hashimoto), disse que o Japão "é ignorado pela comunidade internacional", e para recuperar seu status global deve modificar sua Constituição .

A alteração constitucional é um dos cavalos de batalha de seu partido na campanha eleitoral para a eleição na Câmara Alta programada para este verão. No que diz respeito à gestão do primeiro-ministro Shinzo Abe, Ishihara a qualificou de "segura". Ele também expressou seu desejo de ver Hashimoto como governante do país. "Ele tem coragem e pode ser um revolucionário", disse ao Asahi.

Por último, o octagenário de direita descartou a possibilidade de se tornar primeiro-ministro devido à idade avançada. “Não tenho forças”, reconheceu. “Creio que meu último trabalho como político é apoiar Hashimoto", finalizou.

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