O ministro da Fazenda do Japão, Yoshihiko Noda, foi eleito nesta segunda-feira (29) o novo presidente do Partido Democrático japonês e o próximo primeiro-ministro do país, após a renúncia do ex-premiê Naoto Kan, na sexta-feira passada. Kan enfrentava fortes críticas pelo modo como conduzia a economia e a reconstrução do país após o terremoto seguido de tsunami que atingiu a costa nordeste do Japão em 11 de março deste ano.
No Japão, o partido que tem maioria na Câmara Baixa do Parlamento tem direito a eleger o primeiro-ministro do Japão - que costuma também ser o presidente do partido da maioria.
Noda é o sexto premiê japonês eleito nos últimos cinco anos e tem a difícil missão de colocar o país de volta ao rumo do crescimento econômico, ao mesmo tempo em que lida com a reconstrução das áreas devastadas pelo terremoto seguido de tsunami, incluindo os temores de uma crise nuclear que pode ser desencadeada pela usina de Fukushima, que sofreu sérios danos por causa dos tremores e das fortes ondas do tsunami.
Por isso mesmo, o Japão enfrenta o desafio de reduzir sua forte dependência da energia nuclear e buscar um caminho para financiar a reconstrução do país sem aumentar ainda mais o déficit e o volume de dívida pública, que hoje representa o dobro do PIB nacional.
A instabilidade do governo foi uma constante no Japão nos últimos cinco anos, período pelo qual passaram pelo Governo Shinzo Abe (2006-2007), Yasuo Fukuda (2007-2008), Taro Aso (2008-2009), Yukio Hatoyama (2009-2010) e Naoto Kan (2010-2011).
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